Quem já visitou a Universidade Federal de Jataí, seja no Campus Jatobá ou no Campus Riachuelo, com certeza já observou que muitos animais fizeram da UFJ sua casa. Os bichinhos estão por todo canto, convivendo com os servidores e alunos. O prédio da reitoria, por exemplo, recebe sempre a visita da Jade. A cadelinha conquistou todo mundo e é considerada parte da equipe!

Para ajudar a cuidar desses animais, garantindo a segurança deles e também da comunidade acadêmica, em 2024 foi criada a Comissão Permanente de Políticas de Animais da UFJ. Desde então, várias ações foram realizadas por meio do Projeto de Extensão Ponto e Vírgula. Participam do projeto alunos dos cursos de agronomia, veterinária, zootecnia e do mestrado em geografia.
Ao longo do ano a Comissão realiza várias ações, como rotina de cuidados, vacinação e castração dos animais. Foi criado até um Banco de Lar Temporário, em que as pessoas que têm disponibilidade se cadastram para oferecer abrigo temporário para a recuperação dos animais castrados.
Boa convivência com os pets
Para que a convivência com todos esses animais que estão pela Universidade seja tranquila, é preciso seguir algumas orientações. A presidente da Comissão Permanente de Políticas de Animais da UFJ, Ana Luisa Aguiar de Castro, explica que, primeiramente, é preciso prestar atenção ao comportamento dos animais, para observar se estão agressivos ou com medo.
“Se o cachorro demonstrar sinais de desconforto, como recuar, rosnar, mostrar os dentes ou ficar tenso, não se aproxime e dê espaço ao animal. Nunca encurrale um cachorro ou force o contato com ele”.
Também é importante evitar movimentos bruscos e não é recomendado surpreender os bichinhos. “Se o animal está dormindo ou distraído e você surpreende ele, isso pode provocar medo. Se estão assustados, podem atacar ou fugir e acabar provocando acidentes. As pessoas precisam entender que cães têm instintos fortes de guarda, caça e tédio. Compreender o comportamento do cão é a forma de prever como ele pode agir e, assim, facilitar a convivência entre animais e humanos”.

Muitas vezes os animais perseguem motos, carros ou bicicletas. Ana Luisa explica que isso pode acontecer por conta do instinto de caça, vontade de brincar ou por proteção do território. A orientação nesses casos é parar o veículo. “O condutor pode ainda falar com o animal, em tom de ordem, dizendo algo como “vai deitar” e depois voltar o movimento do veículo, devagar. É importante não chutar o cão para que ele se afaste, pois o animal vai entender esse comportamento como um ataque e pode revidar. Também não é recomendado acelerar o veículo, pois ele vai entender que “a presa está tentando fugir” e vai atacar com mais vontade”.
Abandono de animais
Muitos animais que vivem na UFJ foram abandonados. “Infelizmente é muito comum o abandono de animais doentes, animais velhos e fêmeas prenhas, ou seja, quando o tutor vai ter uma grande despesa”, lamenta Ana Luisa.
A presidente da Comissão Permanente de Políticas de Animais da UFJ reforça que para evitar situações de abandono, é importante promover ações de conscientização da população em relação aos cuidados que um pet vai precisar ao longo da vida, sobre a duração da vida de um cão ou um gato, e ainda sobre o que o tutor precisa oferecer ao seu animal para tê-lo saudável.
“É importante educar a população, deixando claro que animais não são brinquedos e são compromisso afetivo e financeiro por um período de 15 a 20 anos, que é a média de duração da vida deles. Se a pessoa não tem condições de manter a alimentação, saúde e bem estar de um animal, não deve adotar ou comprar um. Pois além de água, comida, local para se proteger das condições do clima, consultas regulares ao médico veterinário, o pet também necessita de companhia, atenção e amor dos humanos”.
Campanha Abril Laranja
O mês de abril é voltado para a conscientização em relação aos cuidados com os animais. A campanha Abril Laranja é amparada pela Lei n° 20.898/20 e fala sobre o combate à crueldade contra os animais, além da importância de incentivar a adoção responsável dos bichinhos.

No Brasil, a crueldade contra animais é crime desde 1998, de acordo com a Lei Federal 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei Federal 14.064/20, teve-se o aumento da pena de maus-tratos com reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, quando se tratar de cão ou gato.
Você sabia que em Goiás existe até um Código de Bem-Estar Animal? Previsto pela Lei Estadual nº 21.104/2021, o documento define quais atitudes são consideradas maus-tratos, como, por exemplo, deixar o animal sem água ou alimento.
“Cabe ao humano, que é a parte mais pensante dessa equação, entender o comportamento do animal e, assim, evitar problemas, como os ataques. Tendo acesso à educação, no sentido amplo da palavra, teremos a oportunidade de ter uma convivência harmônica entre humanos e animais”, reforça Ana Luisa.
Fonte: Secretaria de Comunicação – SECOM/UFJ