Dia da Compreensão Mundial: UFJ celebra a diversidade com presença de estudantes estrangeiros

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Nesta quarta-feira, 17 de setembro, é celebrado o Dia da Compreensão Mundial, data que convida à reflexão sobre a importância da empatia, do respeito às diferenças e da promoção da solidariedade entre os povos. Com o propósito de incentivar o diálogo entre culturas, o dia reforça o papel fundamental das instituições de ensino na construção de uma sociedade mais justa e plural.

Na Universidade Federal de Jataí (UFJ), a convivência entre diferentes nacionalidades já é uma realidade. Neste ano, a UFJ acolheu 15 estudantes estrangeiros por meio do Programa de Estudantes-Convênio (PEC), do governo federal. O programa possui três modalidades diferentes, para estudantes de graduação (PEC-G), pós-graduação (PEC-PG) e para estudantes que vão fazer cursos presenciais de língua portuguesa e cultura brasileira (PEC-PLE).




Estão na UFJ: uma aluna de doutorado em geografia, que veio da Colômbia. Quatro alunos que estão na graduação, que vieram da Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau. Além de dez estudantes que estão fazendo os cursos de língua portuguesa e cultura brasileira, que vieram de Benim, Colômbia, Gabão, República do Congo e Togo.


“Quando a Universidade Federal de Jataí (UFJ) abriu suas portas para nos receber como estudantes, também abriu nossas mentes e corações para um novo mundo cheio de aprendizado e desafios. Trouxemos em nossas mochilas não apenas nossas famílias, mas também nossos países, culturas e costumes. Isso tudo veio para ser compartilhado e reconhecido, valorizando tanto o que nos une quanto o que nos diferencia, sempre com respeito e humanidade”, destaca Savina Cabezas, que veio da Colômbia.

As alunas e alunos vieram com o objetivo de estudar e vivenciar a cultura brasileira em diferentes níveis de formação acadêmica. O estudante Cyr Jean Moungala veio do Congo, onde estudava matemática. Ele conta que está gostando da experiência, mas que é um desafio muito grande, principalmente por conta da língua que, segundo ele, é difícil. Cyr destaca que está motivado a aprender a língua portuguesa para poder ingressar em um curso de graduação aqui no Brasil. 

Os alunos são acompanhados pelo professor Márcio Issamu Yamamoto, coordenador do Escritório de Internacionalização da UFJ e coordenador institucional do Programa PEC-PLE. “A vinda desses alunos demonstra o apreço que eles têm pelo Brasil, bem como a qualidade do ensino e das oportunidades que oferecemos.  A presença deles aqui é extremamente benéfica para a comunidade acadêmica, estimulando o diálogo, a troca de experiências e o desenvolvimento de uma visão mais ampla do mundo”, destaca Márcio.


O Programa pretende, por exemplo, contribuir para a internacionalização das Instituições de Educação Superior e para a promoção da cooperação educacional como política de Estado. O PEC-G, por exemplo, foi criado em 1965. Mais de 10 mil alunos já participaram do Programa, inclusive o atual presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, que estudou Administração na Fundação Getúlio Vargas nos anos 1980.

“A presença desses estudantes estrangeiros enriquece a comunidade acadêmica e a sociedade brasileira como um todo, promovendo a compreensão intercultural, o respeito mútuo e o reconhecimento do valor do Brasil no cenário global. Além disso,  a interação com esses estudantes promove um intercâmbio cultural e linguístico muito rico”, afirma o professor Márcio.




Para esses estudantes, estar em outro país é um exercício diário de adaptação, resiliência e troca. A Paule Emmanuelle Mussavu, veio de Gabão, na África. Ela destaca que a cultura brasileira é muito diferente da cultura da sua região e que fica encantada por ver tanta diversidade no Brasil. Paule já cursou direito marítimo, no seu país de origem, e ciência da computação, aqui no Brasil, em Catalão. Para ela, o maior objetivo agora é aprimorar a compreensão da língua portuguesa.

A presença de estudantes internacionais também fortalece o compromisso da UFJ com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no que se refere à promoção da educação inclusiva e de qualidade, à redução das desigualdades e à construção de sociedades pacíficas.


“Agora, somos parte dessa imensa beleza que é a diversidade no Brasil. A cada dia, um gesto, um olhar ou uma palavra nos lembra de nossa origem e do motivo pelo qual estamos aqui: para derrubar as fronteiras e barreiras que nos separam e construir, juntos, pontes que nos unam”, reforça a estudante Savina Cabezas.

Neste Dia da Compreensão Mundial, a UFJ reafirma seu papel como um espaço de diálogo intercultural, onde o respeito às diferenças e a valorização da diversidade são princípios fundamentais para a formação cidadã e para a construção de um futuro mais justo e solidário.


Texto: Tássia Fernandes – Secom/UFJ