Com o objetivo de ampliar o debate sobre a doação de órgãos e salvar vidas por meio da informação, o mês de setembro também é marcado pela campanha nacional Setembro Verde, dedicada à conscientização sobre a importância do ato de doar.
O professor do Instituto de Ciências da Saúde da UFJ, Fabrício Pereira, explica que existem dois tipos de doadores, doador vivo e falecido. “O doador vivo pode doar, por exemplo, um rim, parte do fígado e, ainda, ser doador de medula óssea, normalmente para familiares. No caso de medula óssea é só procurar um banco de sangue mais próximo para se cadastrar.”
Já em relação aos doadores falecidos, as pessoas que têm interesse em ser doadoras podem deixar essa vontade registrada na nova carteira de identidade e também por meio de uma Autorização Eletrônica de Doação de Orgãos (Aedo). “Esta autorização eletrônica é uma iniciativa gratuita e on-line, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça e pelos cartórios do Brasil. Mas é importante reforçar que nada substitui o diálogo com a família, pois aqui no Brasil a decisão final é sempre da família. Se você tem interesse em ser doador de órgãos, fale sobre o seu desejo com a sua família e plante a esperança”, complementa Fabrício.
A gerente de transplantes da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Katiuscia Freitas, explica que no Brasil, atualmente, em torno de 80 mil pessoas aguardam por doações de órgão ou tecido e que, em Goiás, esse número chega a 2.500 pessoas. “Aqui em Goiás nosso maior desafio tem sido a negativa familiar. O índice é alto e chega a 70%. Como a legislação brasileira define que a decisão sobre a doação é da família, é importante deixar esse desejo avisado. Falar da doação de órgãos não é antecipar a morte, é falar que quando ela chegar, você quer que a vida perpetue de alguma forma”, destaca Katiuscia.
A doação de orgãos é um gesto solidário que pode transformar a vida de milhares de pessoas em todo o país.
Para saber mais sobre a autorização eletrônica para doação de orgãos: AEDO
Para saber mais sobre a doação de medula óssea: REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea
Texto: Tássia Fernandes/Secom UFJ