Hoje, 29 de janeiro, é dia de promover a conscientização e celebrar as lutas e resistências das pessoas trans
A data é celebrada desde 2004, quando foi realizado um ato nacional em Brasília para o lançamento da campanha Travesti e Respeito, do Ministério da Saúde. Entre os avanços dos últimos anos estão, por exemplo, a utilização do nome social em documentos e concursos públicos e o direito à cirurgia transgênero pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Coletivo Agbara
Na UFJ, o Coletivo Agbara, composto por estudantes, tem o propósito de combater a transfobia, promover a visibilidade, garantir direitos e construir um ambiente acadêmico em que as pessoas trans possam existir dignamente.
“A fundação do Coletivo Agbara foi um marco transformador para todas as pessoas envolvidas. Foi um ato de resistência e esperança que nos permitiu criar alianças políticas dentro e fora da UFJ, mostrando que nossa presença não é apenas necessária, mas urgente”. destaca Bento Eufrásio, acadêmico do curso de letras e integrante do coletivo.
O Coletivo Agbara foi criado em 19 de outubro de 2024. “Agbara é uma palavra de origem iorubá que significa “força” e “potência”, atributos essenciais para enfrentar os desafios cotidianos enquanto pessoa trans”, explica Bento.
Ações
A equipe do coletivo luta, por exemplo, para conseguir cotas para que pessoas trans possam ingressar na universidade. “Fundar o Coletivo foi apenas o começo. A manutenção de sua existência e relevância exige esforço contínuo e coragem para enfrentar as barreiras existentes”, destaca Bento.
O Coletivo Agbara, junto com a Defensoria Pública de Goiás, está organizando um mutirão para retificação de nome e gênero. A ação deve ser realizada em Jataí para atender moradores do município e da região.
“Para solicitar o serviço é necessário um número mínimo de interessados. Por isso, as pessoas que tiverem interesse em realizar a retificação de forma gratuita, podem procurar os integrantes do coletivo”, reforça Bento.
Busca por respeito
O Dia da Visibilidade Trans também é uma data importante para reforçar os desafios que as pessoas trans ainda enfrentam, como o desrespeito e a violência nos diversos ambientes da sociedade.
“Seguiremos lutando para garantir que pessoas trans não apenas entrem na UFJ, mas permaneçam e prosperem, com respeito, acesso pleno à educação e às oportunidades. Nossa existência não é negociável, e nossa luta é por todas as pessoas que estiveram antes e virão depois de nós”, pontua Bento.
Denúncias sobre desrespeito e violência na UFJ podem ser registradas na ouvidoria pelos contatos:
- E-mail: ouvidoria@ufj.edu.br
- Telefone: (64) 3606-8340
- Plataforma: Fala.BR
Fonte: Secretaria de Comunicação – SECOM/UFJ